sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Projetáveis - 7ª Bienal do Mercosul


Passeando pelo site projetáveis da 7ª bienal pude perceber como a arte atual é heterogênea e o quanto se torna difícil adivinhar tendências futuras. Graças a sua volatilidade, ela exige dos artistas mudanças tão rápidas que impossibilitam a cristalização de um estilo expressão, aliado é claro, às mudanças tecnológicas e as invenções.

Os artistas da Bienal, não só os do "projetáveis", e alguns é claro, em sua ânsia de dizer muito através da sua obra, acabam não dizendo nada e muitas vezes a Arte acaba ocupando um lugar inverso, não agregando, não comunicando.

A Arte hoje é muito questionada e até negada por alguns, mas é através dela que se mudam valores aparentemente inquebráveis, através de seu poder trasnformador e questionador. Mas é preciso reformulá-la, para que não se perca o sentido óbvio das coisas.

domingo, 15 de novembro de 2009

ROGER VAN DER WEYDEN


A imagem é "A Descida da Cruz" de 1435. Foi pintada para a Capela da Guilda dos Arqueiros, Louvain. Há uma nítida intenção do pintor de fazer o espectador participar diretamente da tragédia. A expressão facial é importante, e os gestos e ações mais dramáticos, como se estivessem em um palco.

Roger foi um dos mais notáveis e importantes pintores góticos flamencos e sua obra influenciou diversos pintores.
Vou utilizar sua vida e obra na disciplina Seminário Integrador II num mapa conceitual.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Considerações a partir do filme "O Sorriso de Monalisa"

O filme “O Sorriso de Monalisa” traz à tona uma série de questões relacionadas à padrões de arte, de casamento, de comportamento, de mudança e quebras de paradigmas e o pior dos padrões, o do pensamento. Vivemos no século XXI e ainda temos de “engolir” os padrões de pensamento com conceitos ultrapassados, um pé aqui e outro no passado. Acredito que existem mudanças na forma de apreciar a Arte e acho que ela vem sendo mais valorizada não só como obra, mas como contexto social, como forma de pesquisa, até de insulto, mas sobretudo como um nova forma de reavaliarmos o mundo.
Já havia assistido o filme em 2003 por gostar muito do trabalho da Julia Roberts. Minha análise agora é diferente. Acredito que as alunas conheciam os padrões para contemplar uma obra, se é que existem padrões, pelo menos elas julgavam corretos para a atualidade conservadora e elitista dos anos 50.
Em um momento do filme o professor de italiano diz à professora que ela queria mudar o mundo, mas na verdade estava fugindo das suas próprias mudanças internas. Ela condenava de certa forma o casamento, o que lhe causou grandes desavenças , principalmente com uma das alunas que ela mais apostava e que acabou casando-se.
O mais intrigante é que justamente a outra aluna que a julgou, insultou, difamou, foi a que no fim, teve a coragem de divorciar-se num tempo em que o divórcio era visto quase como crime e apostar na sua carreira de advogada.
O filme é bárbaro em seu roteiro analítico, discute diversos conflitos, desde o casamento e sua postura "padrão", ao sistema imposto pelas escolas e seus currículos e aí, não estamos nos anos 50 e as situações se repetem...Os padrões! Malditos padrões!!!
Padrões de beleza, padrões de postura, padrões de comportamento, padrões de consumo, padrões de estética...Vivemos cercados por padrões que nos foram impostos, quiça, discutidos...A arte não segue padrões ao meu ver, nem conceitos, a Arte está na essência, na emoção, na sua plenitude, na sua pluralidade, nas suas divergências, nas suas rupturas.Vivemos cercados por Arte por todos os lados!
Ver tudo com outros olhos! Assim como a professora do filme, a Arte precisa instigar, precisa nos fazer pensar, precisa desconstruir os conceitos e pré-conceitos que erroneamente criamos...

terça-feira, 7 de julho de 2009

SER PROFESSOR NO CONTEXTO ATUAL

Após assistir aos dois vídeos sobre o "Ser Professor no Contexto Atual" da disciplina Seminário Integrador I, levantei cinco ideias que acho fundamentais na formação do "ser professor". São elas:
1) O professor é um impulsionador:
Segundo Vigotsky quanto maior for o aprendizado maior o desenvolvimento. O professor é o impulsionador deste conhecimento influenciado pelas experiências do indivíduo, pois a pessoa só aprende quando as informações fazem sentido para ela.

2) Conhecimento não se transfere, se constrói:
É preciso por fim à educação bancária, em que o professor deposita em seus alunos os conhecimentos que possui, já dizia Paulo Freire. Ele acreditava que o professor deve se comportar como um provocador de situações, num ambiente onde todos aprendem em comunhão fazendo uma “leitura” do mundo.

3) O professor precisa manter-se atualizado:
Nóvoa alerta que o desafio dos profissionais é manter-se atualizado sobre as novas metodologias de ensino desenvolvendo práticas pedagógicas eficientes. O professor deve pensar sobre sua prática, não exerce-la só por vocação mas com competência e qualificação.

4) Problemas cotidianos no currículo:
Morin defende a reforma de pensamento incorporando problemas cotidianos ao currículo criticando o ensino fragmentado. A interligação de todos os conhecimentos devia ser simples,mas torna-se quase impossível em função do cultivo de décadas da fragmentação do ensino.

5) O professor é um inovador:
Inovar em sala de aula significa questionar-se, discutir e descobrir o que os seus alunos precisam, o que realmente querem, como querem, porque querem, afinal conhecimento não é aquilo que se sabe, mas o que se faz com aquilo que se sabe.

Escolhi as cinco ideias acima, porque são compatíveis com o que penso a respeito da prática de um professor, sobretudo de Arte. A escola é apenas um dos ambientes em que ocorre a aprendizagem. Como professores formadores, temos que saber interagir com nosso aluno criticamente. Ir a escola não deveria ser um dever ou um depósito de alunos como tenho visto ultimamente, amontoados em classe em salas lotadas, ir a escola antes de mais nada deveria ser prazeroso, tanto para alunos como para professores. Não acredito em conteúdos pré-definidos, todos podem aprender partindo do seu conhecimento de vida, coletivamente. Ao meu ver, podemos começar com um bom projeto político-pedagógico na escola, que venha de “baixo para cima”, focando nas reais necessidades dos alunos, do bairro,enfim,da sua realidade.

sábado, 4 de julho de 2009

PORTFÓLIO

Freud dizia que existem três tarefas impossíveis: educar, governar e fazer psicanálise. As três, bem ou mal, são realizadas diariamente.Mas o que me preocupa mais dentro da educação é a questão da avaliação que sempre gerou discussões. Formas, teses,conceitos pedagógicos a parte, é indiscutível que não cabe ao professor ensinar a pensar. É preciso ensinar a pensar sobre o que se pensa, sobre a importância dos assuntos, já dizia Fernando Savater.
O portfólio é uma importante ferramenta de aprendizagem, apesar de ainda ser visto como uma grande "empreitada". Não é fácil ajudar os alunos a organizar informações, tirar proveito delas e registrar uniformemente isso. O portfólio incentiva a reflexão, e nos instiga a assumir posicionamentos de forma crítica.
Já tinha contato com portfólio antes, faço isso desde 1992 quando comecei a fazer teatro e a registrar em pastas todos os trabalhos, cursos que fiz...Em escolas, cheguei a usar em aulas de Artes com os alunos e os resultados foram interessantes.Na internet sou usuária ávida de blogs onde divulgo, discuto, questiono ou só menciono.
Eis uma forma sobressalente de avaliação,o portfólio! Ele pode ser uma forma interessante de instigar o aluno e suas ideias,mostrando-se disposto a debater e transformar as dúvidas reforçando algumas qualidades sem as quais não se sobrevive no mundo contemporâneo, como a autonomia, a busca do conhecimento verdadeiro e a coragem. Sim, porque é preciso coragem para expor-se escrevendo ideias, discutindo, argumentando e lembrando sempre que o ser humano tem infinita capacidade de aprender, e logicamente de usar de algum meio este conhecimento para benefício próprio.
Por que não escrever sobre o conhecimento adquirido...

FOTOGRAFIA


Iniciou no curso de Artes Visuais agora a cadeira de "Fotografia" e estou bastante empolgada, pois uso e adoro fotografia. Quero aproveitar e falar de um dos grandes fotógrafos que passei a admirar a pouco tempo entrando em contato com seu trabalho: Mario Cravo Neto.

Iniciou-se na arte da fotografia e da escultura em 1964. Estudou na Art Student’s League de Nova Iorque (1969-1970). Participou da 11ª., 12ª., 13ª.,14ª.,17ª. Bienal Internacional de São Paulo. Em 1980 e 1995 recebeu o prêmio Melhor Fotógrafo do Ano da Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1996 o Prêmio Nacional de Fotografia da Funarte e em 2004 o Prêmio Mario Pedrosa da Associação Brasileira de Críticos de Arte. É internacionalmente reconhecido pelo seu trabalho de expressão pessoal em fotografia.

Para mim, suas obras em preto e branco não são apenas fotos, são retratos de personagens vivos, complexos que transpassam a própria imagem. Se algum dia fosse fotógrafa profissional usaria o preto e branco e fotos de personagens de teatro e do dia-a-dia, porque a própria vida é teatro!!!